sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Questionando a aproximação corporal


-Por que será que precisamos tanto ouvir a batida forte do coração?

-Por que será que precisamos tanto ouvir o "chuá" do sangue nas veias passando de um lado pro outro? 

-Por que precisamos tanto sentir o suor lubrificar toda a asperidade do corpo?

-Por que precisamos da respiração no ouvido sabendo que os pelos irão se manifestar?

-Por que os "glups glups" da barriga exageram suas performances sempre que um corpo fala com o outro?

-Por que os pés sempre querem fazer uma "trança"?  

-E por fim, por que precisamos estar tão próximo pra sentir isso tudo?!

R. Dileite.

sábado, 3 de novembro de 2012

A responsabilidade da valorização

Amizade
Algo que se pensa e já decepciona, 
Todos os risos 
Todas as tiradas de onda
Todas as trollagens

As vezes que dividimos um lugar
Bebemos aquelas bebidas
Muitas vezes água, pois ninguém tinha dinheiro

Quando um dos amigos perdia alguém querido
Todos em um silêncio respeitoso
Compartilhavam coletivamente o acolhimento

Os momentos chatos
Em conversas sem sentido
Mas o que importava, era o momento

Os desabafos
Que mesmo que não fosse do interesse
Jamais foram descartados

Os empréstimos entre nós
A intensão do devedor não era pagar
A intensão do emprestador, não era cobrar

As gargalhadas, as decepções
As lágrimas, os abraços
As tapas, as trocas de palavrões
As danças inventadas, as conquistas

Onde fica a decepção?
Fica no tempo, que é onde nos perdemos
Um dia nossos amigos vão seguir suas próprias vidas
Um dia não poderemos interromper suas conquistas,
Mesmo que tragam consequências ruins, como a distância


É bom o cultivo, é bom lembrar
Relembrar e relembrar.

Ramon Dileite.